domingo, 13 de dezembro de 2009

Ceia de Natal





Ontem foi mais um dia de festa para este jovem agrupamento. Realizou-se mais uma ceia de Natal.
Decorreu mais uma vez nas instalações da ADCRAJ e tal como a época que estamos a atravessar o espírito foi o de uma grande família reunida e partilhando tudo o de que melhor cada um trouxe.
Tivémos a celebração da palavra presidida pelo nosso assistente o Diácono Francisco Lambelho que correu muito bem, seguida de um magnífico repasto onde cada um colocou na mesa a sua merenda e partilhou com os demais presentes e por último e como não poderia deixar de ser tivémos o nosso Fogo de Conselho.

Mais uma vez agradecemos à ADCRAJ pela cedência das suas instalações.
Um Feliz Natal para todos, e um bom novo ano de 2010.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Canhota Escutista

Durante o Verão de 1946, um jovem da África Ocidental (actual Namíbia) chamado Djabonar veio a Gilwell-Park, ao Campo Escola Internacional.

Esperava ele vir a ser, mais tarde, Comissário Adjunto da Costa do Ouro.

" Quando o Chefe do Campo falava acerca da maneira de se cumprimentar com a mão esquerda, Djabonar contou-lhe como, aquando da queda de Kumassi, capital de Prempeh, rei do povo Ashanti e seu avô, um dos chefes veio ao encontro de Baden-Powell e estendeu-lhe a mão esquerda. B.P. apresentou-lhe a mão direita, mas o chefe disse:

-"Não! No meu país, ao mais bravo entre os bravos, cumprimenta-se com a mão esquerda".




Entre as numerosas explicações do aperto da mão esquerda dos Escuteiros, não há dúvida de que esta narração seja a da sua origem.



Aquando da minha estadia em África, em Fevereiro/Março de 1947, encontrei-me com Prempeh II, que havia sucedido a seu tio na qualidade de rei dos Ashantis. Ele próprio havia sido Escuteiro e é actualmente Comissário Honorário.

Perguntei-lhe a origem deste cumprimento que os seus compatriotas trocavam com a mão esquerda e relatei-lhe a história que conhecia.

Ele surprendeu-se que um Europeu a conhecesse e explicou-me que isso era um sinal secreto duma Ordem de Nobreza de raça entre os Ashantis, sendo os seus superiores os mais corajosos e os mais dignos.

Mas este sinal não é limitado aos indígenas Ashantis, porque eu observei este costume, denominado «Owor Ogum». «Owor Ogun» é o deus dos guerreiros e dos caçadores, e, não há muito tempo, quando o Sr. Blair, Administrador Territorial em Ibadam, regressava duma caçada ao leopardo, encontrou um velho caçador que o saudou dizendo «Owor Ogun» e apresentando-lhe a mão esquerda, querendo significar, desse modo, que o Sr. Blair era um caçador de valor e digno de tomar lugar entre os grandes caçadores.

Em Ife, também o cumprimento com a mão esquerda é dado pelo «Oni» - Chefe Supremo - aos seus sub-Chefes.

Há provavelmente muitos outros exemplos deste costume entre os nativos da África Ocidental, mas é curioso que, se para os maometanos a mão esquerda é impura, ela é, em todas as tribos da África Ocidental, um sinal de honra entre os homens de honra, facto que não foi conhecido senão muitos anos mais tarde e depois duma guerra em que, por toda a parte, os Escuteiros se revelaram «os mais bravos entre os bravos» e dignos de figurar entre os homens de honra de todos os países. "

in Flor de Lis, Nov. 1992

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009